Friday 26 November 2010

The Hyperamericanisation of Brazil / A Hiperamericanização do Brasil


A few weeks ago was Guy Fawkes’ Night, but the event was hardly publicised in Brazil. In contrast, only a few days earlier we had Hallowe’en which was much more popular, with black cats and jack o’lanterns bedecking English schools here. But what is the real reason behind this difference in popularity?

The real cause is the hyperamericanisation of Brazil, which is clearly shown in many ways. The fact is that Brazil loves all things American. For example, leading sports daily “Lance” has pages about the NBA and baseball results, but not a word about cricket or Rugby League. On a similar note, Brazil has copied the United States in adopting a 25/100 coin rather than the 20 that most of the world uses. In the exchange market, dollars are easy to find, pounds not so. Finally, on TV we have American sitcoms galore but no “Coronation Street”.

This has a bearing on the translation business here, as UK English is often not valued as it should be, American English being strongly preferred, even though the English word is often simpler, as “dummy” instead of “pacifier”.

Why has this happened? I feel good marketing and also the traditional leadership enjoyed by the United States have played a part, but another cause is the relative isolation of the United Kingdom, especially before the European Union was set up . Our role is now to show Brazilians that UK English is not wrong, but just another variant which is perfectly acceptable. This is now our task, and “yes, we can!”

Algumas semanas atrás houve a festa de Guy Fawkes’ Night, mas passou largamente desapercebido em terras tupiniquins. Por outro lado, alguns dias antes era o Hallowe’en, ocasião em que os gatos pretos e as abóboras iluminadas decoravam todas as escolas de idiomas por aqui. Mas, qual a motivação real desta disparidade na popularidade destas duas festividades de ordem cultural?

A causa primordial é a hiperamericanização do Brasil, o qual se mostra em diversas formas. O fato é que o Brasil se apega por tudo que é americano. Por exemplo, o diário esportivo “Lance” traz resultados da NBA e das ligas americanas de beisebol, mas nenhuma palavra sobre o críquete ou o Rugby League. Da mesma forma, o Brasil copiou os Estados Unidos ao adotar uma moeda de 25 centavos, ao passo que a maioria do mundo possui uma moeda de 20. No mercado de câmbio, dólares são fáceis de encontrar, libras esterlinas bem menos. Por último, na televisão brasileira há diversos seriados americanos, mas nada de “Coronation Street”.

Isso traz conseqüências para o mercado de traduções por aqui, como não se dá o devido valor ao inglês britânico, sendo que os clientes demonstram larga preferência pelo inglês da terra do Tio Sam. Isso ainda que a palavra inglesa seja mais simples, como no caso de “dummy” no lugar de “pacifier” (chupeta).

Mas porque isso aconteceu? Acredito que isso seja em parte devido ao marketing e à posição de liderança que os Estados Unidos exercem no mundo. Outra causa seria o relativo isolamento do Reino Unido, especialmente antes do estabelecimento da União Européia. O que devemos fazer agora é mostrar aos brasileiros que o Inglês Britânico não é errado, mas apenas uma outra variante, perfeitamente aceitável. Agora, esta é a nossa tarefa, e “sim, nós podemos!”


No comments:

Post a Comment